Como construir o presente que se quer, saindo do discurso do ódio, da intolerância, da mentira, de olhar o outro como ameaça, de querer fazer prevalecer a nossa verdade? Como sair da misoginia, racismo, fascismo, e dos outros "ismos" que nos paralisam?
Nossa realidade social é um fato concreto: desigualdades de acesso e oportunidade para todas e todos, com os preconceitos e as mazelas sociais que tão bem conhecemos e que muitas vezes fazemos questão de apontar.
Como sair do lugar em que nos colocamos, muitas vezes as bolhas nas quais vivemos? Como sair do discurso para a ação? Como construir as necessárias pontes e atalhos, depois de anos compondo ilhas?
Desenvolver acordos pode ser um caminho: um acordo no qual cada um se sinta vivo, representado e, ao mesmo tempo, consiga ver verdadeiramente o outro. Cada qual levando as próprias imperfeições e desejos, mas com uma chama comum que busca construir algo melhor.
(Re)construir a partir de tecidos esgarçados é mais difícil, mas não é impossível. Talvez seja essa uma atitude possível: a escuta atenta e amorosa, para permitir o novo que vai surgir.
O que é esse novo?
Martin Buber (1878-1965) fala em construir sem destruir, criando um fluxo de doação e entrega criativa, mãos que se unem em um mesmo laço em busca da comunidade que desejamos.
Essa tarefa começa no dia 31 de outubro de 2022!
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